Em ofício, entidades, que representam aproximadamente 30 mil integrantes da classe operacional, apontam que mudança privilegia apenas uma carreira policial civil.

Nesta quinta-feira, 12, o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto, recebeu, na sede do Sindicato, os presidentes da Associação dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (AIPESP), Vanderlei Bailoni, o presidente da Associação dos Escrivães de Polícia Estado São Paulo (AEPESP), Horácio Garcia e a presidente da Associação dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo (AFPCESP), Lucy Lima Santos.

Após demonstrarem insatisfação com a imposição do governador Márcio França de transferir a Polícia Civil da pasta de Segurança Pública para a pasta da Justiça, os representantes das entidades, que hoje representam mais de 30 mil integrantes de toda a classe operacional paulista, decidiram se posicionar contrários à decisão.

Hoje, 13, durante a terceira reunião do grupo de trabalho que está discutindo os trâmites da transferência, o presidente Rebouças protocolou ofício onde os presidentes apontam para o tratamento diferenciado que está sendo dado a algumas carreiras policiais civis.

“Não estamos vendo quaisquer interesses ou ações do governo que beneficiem ou debatam iniciativas que fomentem melhorias para a nossa categoria, exceto, claro, para os delegados”, lamentou o presidente Rebouças. A participação do Sindicato no grupo de trabalho para expor as prerrogativas da categoria foi conquistada por meio de uma atuação contínua do departamento jurídico do SIPESP (clique aqui e relembre a luta).

“Diante da inexistência de informações, da flagrante inconstitucionalidade, da insistência política em privilegiar apenas uma carreira da Polícia Civil, da falta de diálogo que trará desequilíbrio nas decisões em total ofensa ao estado democrático de direito, nós, legítimos representantes da classe operacional, nos posicionamos contra a mudança da Polícia Civil para outra secretaria”, diz o documento assinado por todas as entidades e que será encaminhado ao governador e ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP).

Clique aqui e leia o ofício.